quinta-feira, 21 de abril de 2011

JESUS NOSSA PÁSCOA!!


Fonte: ramapai.blogspot.com

Estamos comemorando a Páscoa neste fim de semana, que para nós cristãos representa a libertação que Jesus Cristo efetuou por nós na Cruz. Sua morte e ressurreição indicam-nos a vitoria que temos nele.
A Páscoa ocidental tornou-se vazia de conteúdo espiritual, seu significado ficou restrito aos ovos de chocolate, aos coelhos, e ao comércio. Vejamos o que diz a história ao meditarmos na primeira páscoa celebrada pelos hebreus, e a Páscoa que temos em Cristo.


A Páscoa foi instituída por Deus nos dias do Antigo Testamento, quando o Senhor Iavé libertou o seu povo escravizado no Egito. O Senhor Deus determinou que as gerações futuras comemorassem este grande livramento que passou a ser chamado de páscoa: “E, uma vez dentro na terra que o SENHOR vos dará, como tem dito, observai este rito. Quando vossos filhos vos perguntarem: Que rito é este? Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas.” (Êxodo 12.25-27).

Páscoa, em hebraico é Pessach, que significa passagem ou passar por cima (Êx 12.11,23, 27). A páscoa dos Hebreus é uma das principais festas e celebrava-se no dia 14 de Abibe (Êx13. 4). Abibe significa espigas verdes e corresponde ao primeiro mês do calendário hebraico. Durante o exílio, este nome foi substituído pelo nome babilônico Nisã, que significa começo, abertura. Correspondendo a março- abril do nosso calendário gregoriano.

Libertação. A Páscoa tem um significado Espiritual. A Páscoa surge como a festa que marcava o fim da opressão escravizadora de Faraó sobre o povo hebreu, um recomeço para os filhos de Deus. A profecia para os Patriarcas, Abraão e seus descendentes, revelava que estes ficariam sob o domínio de outro povo, em uma terra estranha por 400 anos, mas que depois eles seriam libertados e sairiam com grande riqueza (Gn 15: 13,14). Libertação! Foi o que aconteceu com a nação Hebréia, passaram pelo meio do mar a pés enxutos, para conquistar Canaã.

 Cordeiro,  pães asmos, e as ervas amargas

As gerações futuras deveriam comemorar a páscoa a cada ano comendo cordeiro assado, pães asmos e ervas amargas (Êxodo 12.17,18). O cordeiro assado era para lembrar que a libertação veio por meio do sangue de um cordeiro. O Senhor Deus orientou que um pouco do sangue do cordeiro morto fosse passado nas laterais e nas vigas superiores das portas das casas onde o cordeiro fosse comido (Êxodo 12.7). Naquela noite Deus haveria de visitar o Egito para exercer juízo contra ele, matando todos os primogênitos, tanto de homens quanto de animais, e a mancha de sangue na porta seria um sinal (Êxodo 12.13). A casa em cuja porta tivesse a mancha do sangue do cordeiro seria poupada. Os pães asmos, isto é sem fermento, eram para lembrar que saíram com pressa do Egito. Não houve tempo para a massa levedar. E as ervas amargas eram para lembrar o sofrimento do povo durante a escravidão. Portanto a páscoa é a celebração da libertação que o Senhor Deus proporcionou ao seu povo. Essa tradição foi mantida pelo povo de Deus ao longo dos anos e das gerações.

Jesus nossa Páscoa!

Fico maravilhado com esta declaração do Apóstolo Paulo, que Jesus é a nossa páscoa (1Co 5.7). "Cristo Nossa Páscoa foi sacrificado por nós". A Páscoa tem profundo significado para o cristão, por representar a obra de Cristo para a nossa redenção. A Páscoa era exatamente uma antecipação figurativa da obra de Jesus no Calvário. Observemos agora algumas similaridades da Páscoa dos Hebreus e de Cristo a nossa Páscoa.

Pães Asmos – Representa a fé sem hipocrisia e sem superficialidades. Ex. 12:15 diz que o banquete da liberdade não poderia haver pão com fermento. O pão sem fermento, chamado de “pão da miséria e da aflição” não podia ser consumido nem possuído fermento nas casas, sob pena de morte, lembrava que na noite da saída do Egito não houve tempo para levedar as massas para os pães, pois o povo saiu “às pressas”. O fermento era totalmente excluído da alimentação, devido a sua significação (pecado). O fermento era símbolo de corrupção e de mal (Lv. 10:12;Lc 12:1).
Olhando para a páscoa como uma festa que celebra a liberdade devemos abandonar qualquer prática ou postura que nos corrompa. O apóstolo Paulo nos exorta a celebrar a festa, não com o velho fermento, de maldade e malícia, mas sim com os pães asmos da sinceridade e da verdade (1Co.5.7-8). Aprendemos que nossa espiritualidade, nossa devoção a Deus, deve ser autêntica, desprovida de aparência hipócrita, legalista e religiosa. Uma celebração verdadeira, segundo este texto é feita com sinceridade e com verdade.

Ervas Amargas – Trazem a memória a escravidão, o sofrimento e margura do “EGITO” . Apesar de a Páscoa ser uma festa de libertação, era importante que o povo não perdesse a consciência de quanto foi dolorosa a escravidão passada (Ex.12.8). Talvez estas ervas amargas fossem alface selvagem, que era um tempero primitivo, embora mais tarde os judeus às considerassem um símbolo do amargo da escravidão de Israel. Portanto, o que foi instituído para lembrar a dor da escravidão, simbolizada no amargor das ervas do deserto. Jesus Cristo pagou o preço de nosso resgate na cruz do calvário. Seu sacrifício nos propiciou a libertação do cativeiro do pecado. E a amargura do mundo já não existe mais.
Cordeiro – sem defeito e sem mácula representa Nosso Senhor Jesus Cristo! No Grande banquete, o prato principal era um cordeiro novo e sem defeito: “O cordeiro será sem defeito, macho de um ano; podereis tomar um cordeiro ou um cabrito..” Ex.12.5. O animal deveria ser macho de um ano; e seria imolado ao entardecer, e queimado por inteiro, sem quebrar-lhe os ossos. Teriam de comê-lo à noite, às pressas, acompanhado de pão sem fermento e ervas amargas. Há uma intrínseca relação deste cordeiro com Jesus Cristo.
João Batista o chamou de cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Agnus Dei = Cordeiro de Deus. Sua vida foi posta como cordeiro que sendo morto derramou seu sangue em favor de muitos (agnus vicarius= cordeiro subistituto). A nossa libertação espiritual plena foi conquistada por Cristo, a nossa Páscoa. E ele mesmo prometeu a libertação a todos quantos nele cressem (cf. Jo 8.32,36 e Mt 11.28).
O cordeiro pascoal era separado e examinado minuciosamente antes do seu sacrifício no dia 14 de Abibe, tinha que ser "Imaculado". O cordeiro da Páscoa era submetido a um exame rígido pelos sacerdotes que o julgavam, com base no exame de sua perfeição, apto para ser sacrificado.

A lei dizia que o cordeiro teria que ser sem defeito algum, senão, ele não poderia ser sacrificado ao Senhor (Dt 15:21). Jesus foi achado sem defeito diante de todos depois de profundo exame e só depois foi crucificado. Ele era puro, sem defeito algum. nele não achou-se pecado. Tendo em vista que o sacrifício do cordeiro pascoal era suficiente para justificar os hebreus diante do destruidor, o sacrifício de Cristo é suficiente para justificar o homem diante de Deus satisfazendo a justiça divina.
O Ap. Pedro declara acerca dele: "Sabendo que não foi com coisas corruptiveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição recebestes dos vossos pais. Más com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado"( 1 Pe 1:18,19).

Conclusão: Jesus a Páscoa e a Santa Ceia!

"E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça; (...) Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós." (Lc 22: 15- 20).

A memória deste acontecimento nos permite gozar da certeza da libertação do pecado, da morte e da miséria na qual estávamos, e nos permite olhar para o futuro com esperança,  pois cada vez que ceamos anunciamos a morte do Senhor até que ele venha (1 Co 11.26).

Jesus Ressuscitou, ele está VIVO Mt. 28: 6; Mc 16: 1-19; Lc 24: 1-53; Jo 20: 1-25. E voltrá para buscar o povo dele, a Igreja. Assim como foi a primeira celebração da páscoa pelos Hebreus, prenuncia que Cristo virá nos livrar da opressão deste mundo. Ele virá breve nos tirar deste mundo e nos levará para Canaã Celestial.

Todos estes componentes da páscoa celebrados pelos hebreus representam o que haveria de vir em Jesus Cristo, nosso cordeiro pascal. Que de fato nesta Páscoa possamos pensar no significado destes símbolos e busquemos desfrutar de uma vida cristã autêntica, não superficial; não fingida ; agradeçamos a Deus pelo sacrifício remidor de Jesus Cristo e celebremos por seu imensurável AMOR outorgando-nos tão grande salvação.


Feliz Páscoa pra todos! 

Pr.Luiz Karlos - Blog Oásis








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